Carlos Eduardo Júnior de Oliveira
terça-feira, 11 de novembro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
PESQUISA
Arcadismo no Brasil
O
Arcadismo no Brasil teve início no ano de 1768, com a publicação do livro
“Obras” de Cláudio Manuel da Costa.
Nesse
período Portugal explorava suas colônias a fim de conseguir suprir seu déficit
econômico. A economia brasileira estava voltada para a era do ouro, da
mineração e, portanto, ao estado de Minas Gerais, campo de extração contínua de
minérios. No entanto, os minérios começaram a ficar escassos e os impostos
cobrados por Portugal aos colonos ficaram exorbitantes.
Surgiu,
então, a necessidade do Brasil de buscar uma forma de se desvincular do seu
explorador. Logo, os ideais revolucionários começaram a se desenvolver no
Brasil, sob influências das Revoluções Industrial e Francesa, ocorridas na
Europa, bem como do exemplo da independência das 13 colônias inglesas.
Enquanto na Europa surgia o trabalho assalariado, o Brasil ainda vivia o tempo de escravidão. Há um processo de revoltas no Brasil, contudo, a mais eloquente durante o período árcade é a Inconfidência Mineira, movimento que teve envolvimentos dos escritores árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa, além do dentista prático Tiradentes.
Como a tendência é do eixo cultural seguir o econômico, os escritores árcades são, na maioria, mineiros e algumas de suas produções literárias são voltadas ao ambiente das cidades históricas mineiras, principalmente Vila Rica.
O Arcadismo tem como características: a busca por uma vida simples, pastoril, a valorização da natureza e do viver o presente (pensamentos causados por inspiração a frases de Horácio “fugere urbem” – fugir da cidade e “carpe diem”- aproveite o dia).
Os principais autores árcades são: Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga, Basílio da Gama, Silva Alvarenga e Frei José de Santa Rita Durão.
Enquanto na Europa surgia o trabalho assalariado, o Brasil ainda vivia o tempo de escravidão. Há um processo de revoltas no Brasil, contudo, a mais eloquente durante o período árcade é a Inconfidência Mineira, movimento que teve envolvimentos dos escritores árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa, além do dentista prático Tiradentes.
Como a tendência é do eixo cultural seguir o econômico, os escritores árcades são, na maioria, mineiros e algumas de suas produções literárias são voltadas ao ambiente das cidades históricas mineiras, principalmente Vila Rica.
O Arcadismo tem como características: a busca por uma vida simples, pastoril, a valorização da natureza e do viver o presente (pensamentos causados por inspiração a frases de Horácio “fugere urbem” – fugir da cidade e “carpe diem”- aproveite o dia).
Os principais autores árcades são: Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga, Basílio da Gama, Silva Alvarenga e Frei José de Santa Rita Durão.
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Cláudio Manuel da Costa
Cláudio Manuel da Costa
nasceu em Minas Gerais, na circunvizinhança da cidade de Mariana, em junho de
1729. Teve seus primeiros estudos com os jesuítas, logo depois, estudou
humanidades no Rio de Janeiro e Direito na Universidade de Coimbra. Por volta
de 1749, teve contato com as idéias iluministas e também com o arcadismo.
Quando retornou ao Brasil, participou da Inconfidência Mineira ao lado de Tiradentes.
O autor tinha um pseudônimo árcade: Glauceste Satúrnio, o qual era um pastor que se inspirava em sua musa Nise. Contudo, suas poesias ainda apresentavam indícios do Quinhentismo e do Barroco.
Em 1773, escreveu seu poema mais eloqüente “Vila Rica”, o qual foi publicado somente após sua morte. Nesse poema há exaltação dos feitos dos bandeirantes, fundadores de diversas cidades da região mineira, além de narrar a história da atual Ouro Preto.
O poeta gerou forte influência nas obras dos autores árcades Tomás Antônio Gonzaga e Inácio da Silva Alvarenga, considerado como precursor do Arcadismo brasileiro.
Cláudio Manuel produziu poemas com temática pastoril, com estrutura perfeita de soneto, além de trazer reflexões sobre a vida, sobre a moral e sobre o amor.
Foi preso em 1789, acusado de participar da Inconfidência Mineira, logo após, foi encontrado morto na cela. Alguns acreditam que foi suicídio, outros que foi assassinato.
As principais obras do poeta são: Obras poéticas (1768) e Vila Rica (1837).
Quando retornou ao Brasil, participou da Inconfidência Mineira ao lado de Tiradentes.
O autor tinha um pseudônimo árcade: Glauceste Satúrnio, o qual era um pastor que se inspirava em sua musa Nise. Contudo, suas poesias ainda apresentavam indícios do Quinhentismo e do Barroco.
Em 1773, escreveu seu poema mais eloqüente “Vila Rica”, o qual foi publicado somente após sua morte. Nesse poema há exaltação dos feitos dos bandeirantes, fundadores de diversas cidades da região mineira, além de narrar a história da atual Ouro Preto.
O poeta gerou forte influência nas obras dos autores árcades Tomás Antônio Gonzaga e Inácio da Silva Alvarenga, considerado como precursor do Arcadismo brasileiro.
Cláudio Manuel produziu poemas com temática pastoril, com estrutura perfeita de soneto, além de trazer reflexões sobre a vida, sobre a moral e sobre o amor.
Foi preso em 1789, acusado de participar da Inconfidência Mineira, logo após, foi encontrado morto na cela. Alguns acreditam que foi suicídio, outros que foi assassinato.
As principais obras do poeta são: Obras poéticas (1768) e Vila Rica (1837).
Tomás Antônio Gonzaga
Tomás
Antônio Gonzaga nasceu em 1744, em Porto, passou uma parte de sua infância no
Brasil, e com aproximadamente vinte e quatro anos se formou no curso de Direito
em Coimbra. Logo após, começou a ser conhecido ao fazer uma tese com princípios
iluministas que foi dedicada ao Marquês de Pombal.
Retornou ao Brasil e tornou-se ouvidor e juiz. Então, mudou-se
para Vila Rica em 1782, onde se apaixonou por Maria Dorotéia Joaquina de
Seixas, musa inspiradora dos seus poemas líricos, que tornaram sua obra mais
reconhecida: “Marília de Dirceu”. Porém, prestes a se casar com Maria Dorotéia,
foi denunciado de participar da Conjuração Mineira, preso e exilado para
Moçambique, onde se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha de traficante
de escravos e herdeira de sua fortuna. Antônio Gonzaga morreu em 1810, aos 66
anos, era juiz de alfândega.
Como dito anteriormente, a principal obra do autor são as
liras Marília de Dirceu, poemas de conotação romântica, inspirado em seu
romance com Maria Dorotéia, expressão de um desejo por uma vida bucólica,
simples, em contato com a natureza, assim como o almejado pelos escritores
árcades. Pode ser dividido em duas partes distintas: a primeira discorre sobre
a fase romântica, a felicidade, o desejo de ter uma família; a segunda, traz
uma reflexão sobre a justiça dos homens, já que o autor se encontrava exilado
enquanto escrevia, e o “eu-lírico” revela no amor por Marília sua consolação.
Gonzaga também escreveu uma obra satírica vinculada à figura
do governador da capitania de Minas, Luís da Cunha Meneses. Estas cartas
escritas na estrutura poética eram emitidas com o pseudônimo de Critilo e
endereçadas ao pseudônimo Doroteu. Após investigações a respeito do autor,
chegou-se a conclusão de que Critilo era Tomás Antônio Gonzaga e Doroteu era
Cláudio Manuel da Costa.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
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